Ana Casas Broda e Megan Wynne: Experências do parto e da maternidade na Arte Contemporânea

Artigo apresentado no Seminário Internacional Fazendo Gênero 12 (Anais Eletrônicos), Florianópolis, 2021, ISSN 2179-510X

Link para acessar o artigo: https://www.fg2021.eventos.dype.com.br/resources/anais/8/fg2020/1613422644_ARQUIVO_44734de02e27a162e095b2a39c6a3ce7.pdf

Resumo: Neste artigo direciono minha investigação a duas artistas que, ao abordarem o parto em seus trabalhos, aprofundam-se também nas questões sobre suas vidas, seus corpos e suas maternidades: Ana Casas Broda e Megan Wynne. O caminho teórico apresentado aqui passa pelo entendimento sobre como artistas têm apresentado imagens de suas próprias maternidades na arte, destacando aspectos históricos e contextuais em suas obras, levando em conta textos sobre escritas de si na arte, feminismo, arte e maternidade. Proponho, a partir das discussões teóricas desenvolvidas, uma análise da obra Kinderwunsch (2013), de Ana Casas Broda, um trabalho de sete anos onde a artista busca turvar a relação entre documento e ficção em suas imagens da maternidade. Depois, abordo a produção de Megan Wynne que tenta fazer ver sua maternidade não como modelo, mas como possibilidade de existência, a partir do vídeo My Puppet (2013) e da fotografia Home Birth (2015). Desta forma, traço um caminho para compreender as estratégias e dispositivos usados por estas artistas para falar de seus partos pela apresentação e encenação das relações de seus corpos com os de seus filhos. 

Palavras-chave: Parto. Arte Contemporânea. Feminismo. Artes Visuais. História 

Abstract: In this article I orient my research to two artists who approach childbirth in their work rising questions about their lives, their bodies and their maternity: Ana Casas Broda and Megan Wynne. The theoretical path presented here involves understanding how artists have presented images of their own maternity in art. I intend to highlight historical and contextual aspects in their works, using texts about self writings in art, feminism, art and motherhood. I propose, from the theoretical discussions developed, an analysis of the work Kinderwunsch (2013), a seven-year work, where Ana Casas Broda seeks to blur the relationship between document and fiction in her images of motherhood. Then I approach the production of Megan Wynne, who tries to make her motherhood look not as a model but as a possibility of existence, examining the videos My Puppet (2013) and the photograph Double Birth (2016). Therefor, I trace a way to understand the strategies and devices used by these artists to talk about their birth experiences by presenting and staging the relationships of their own bodies with their children. 

Keywords: Birth. Contemporary Art. Feminism. Visual Art. History.

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